Ao andar pelas ruas de Pelotas é possível observar uma característica forte e comum entre elas: A presente influência portuguesa na construção do urbanismo da cidade. A conhecida Casa nº1 (mais antiga) é a senão uma das maiores evidencias desta conjuntura, pois nela realizavam-se encontros em que estavam presentes as pessoas que detinham os maiores poderes, sejam políticos e econômicos. Na casa, houveram reuniões que determinaram quais seriam as primeiras áreas urbanas da cidade de Pelotas.
O primeiro loteamento em 1805, deve-se a compra do capitão-mor Antônio Francisco dos Anjos, que adquiriu uma grande área que abrangia a Rua Passeio Público, a Rua das Lavadeiras, a Rua da Horta e a Rua das Fontes, que atualmente denominam-se respectivamente Avenida Bento Gonçalves, Rua Professor Araújo, Rua Voluntários da Pátria e a Rua Almirante Barroso. (Viva do Charque).
No ano de 1815, neste primeiro lote, se constroem a Catedral Metropolitana São Francisco de Paula e ao seu redor instalaram-se residências, comércios e arruamentos. As ruas foram inspiradas através do urbanismo português, que se caracterizam por serem longitudinais, norte e sul, em exemplo está a Avenida General Osório e as ruas leste e oeste, que possuem gabarito menores.
A arquitetura dos casarões remete em sua maioria, ao período colonial do qual o Brasil se encontrava, com estética luso brasileira, telhas portuguesas, beiras aparentes e verga reta nas janelas, entre outros aspectos.
O segundo loteamento segue nesta mesma projeção, que atinge do Bairro Centro até o Porto e Canal São Gonçalo. Este local detém uma das maiores participações para o desenvolvimento da cidade, além do translado de mercadorias, esta área serviu para abrigar instalações de indústrias, de fábricas, de charqueadas e atualmente encontra-se alguns campus da Universidade Federal de Pelotas.
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Fonte: Portal Viva o Charque e Documentário "Olhares sobre Pelotas - A sociedade do Charque"
Imagem: Nei C S Borges
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