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Um final de semana para compartilhar a cidade e valorizar o patrimônio

Programação da décima edição do Dia do Patrimônio encheu as ruas de Pelotas com atividades em mais de 30 pontos


O final de semana foi de ruas e prédios históricos cheios em Pelotas. A programação do Dia do Patrimônio, aliada ao tempo agradável, foi um prato cheio para a comunidade compartilhar e se reaproximar da cidade. Com diversas atividades em quase 30 pontos espalhados por várias regiões, a população pôde visitar espaços e exposições, além de acompanhar palestras, oficinas e apresentações artísticas.

O passeio pelas ruas era acompanhado pelo encantamento de redescobrir prédios históricos e museus, como a Prefeitura e o Museu do Doce, e a curiosidade de visitar locais que estavam fechados ou aguardando reforma. A maior procura era por prédios como o Theatro Sete de Abril, que está passando por reforma, o antigo Banco do Brasil, que no futuro deve se tornar a escola de gastronomia do Senac, e o antigo Rex Hotel, inativo há mais de dez anos e que recebeu exposições de arte no prédio que está à venda – nesses pontos, houve momentos em que, para entrar, era preciso esperar na fila.

Além da visitação, os visitantes também puderam entrar em um desafio: visitar todos os prédios e carimbar seu passaporte, além de coletar figurinhas no entorno da praça Coronel Pedro Osório para preencher um folder do projeto 10/100, que propõe uma reflexão sobre o patrimônio arquitetônico e urbano de Pelotas. Antes mesmo de a programação ser encerrada, o secretário da Cultura, Paulo Pedrozo, considerou o Dia do Patrimônio um grande sucesso. “Ver a comunidade ocupando os prédios, participando das atividades, é gratificante”, disse.

Reencontro com a história
A estudante de psicologia Renata Peres passou o sábado e o domingo acompanhada da mãe circulando pelos prédios do Centro Histórico. Para ela, que é natural de Piratini, o Dia do Patrimônio foi uma oportunidade de conhecer locais que ainda não havia podido visitar e um momento de se celebrar a cidade, a história e a comunidade.

“É bem interessante ver esses prédios sendo ocupados por pessoas que não eram as que habitavam no passado, ver a população entrando nos prédios que eram da elite de Pelotas”, reflete. “A gente sabe que tem uma parte da história que não é contada, e eu acho que o Dia do Patrimônio serve pra gente reforçar esse outro lado que a gente não conhece”, diz.

A estudante de Arquitetura e urbanismo Djuli Souza foi voluntária no Dia do Patrimônio e trabalhou recebendo os visitantes no Theatro Sete de Abril. Ela mesma, natural de São José do Norte, não conheceu o teatro em atividade e compartilha a emoção de conhecer o prédio e de ver a comunidade se apoderando da própria história. “Os cidadãos têm direito de conhecer esses lugares. O Sete de Abril já está há 13 anos fechado, e ele tinha muitos eventos públicos. Esses prédios antigos contam a história de Pelotas”, diz

Fechado desde 2010, o Theatro Sete de Abril acabou não fazendo parte da história de toda uma geração de pelotenses, enquanto habita com saudosismo a memória de quem passou por ele no passado. “Quando eu conheci me fascinei, e ver as pessoas vindo e se fascinando também é muito legal. Chegaram várias pessoas dizendo que viam filmes e apresentações aqui anos atrás e estão tendo esse reencontro com o teatro”, diz Djuli.

Fonte:Diario Popular 

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